Análise da mobilidade escolar dos jovens segundo grupo de renda e escolaridade dos responsáveis no Brasil (2012-2020)

Autores

  • Miguel Bonumá Brunet Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ji-paraná.
  • Leonardo Mota de Andrade Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ji-Paraná.
  • Carlos Eduardo da Silva Didrich Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ji-Paraná.
  • Rafael Evald Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ji-Paraná.
  • José Vinícius dos Passos Zorzi Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ji-Paraná.
  • Thamiris Maria Souza De Oliveira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ji-Paraná.

Resumo

A presente pesquisa aborda o comportamento da escolaridade dos jovens de 18 a 24 anos no Brasil segundo classe social e escolaridade dos responsáveis. Em um contexto de crise econômica, social e política observado entre 2012 e 2020, buscou-se verificar o quanto os jovens e seus responsáveis elevaram o nível de escolaridade entre 2012 e 2020, bem como relacionar este fenômeno às classes sociais, procurando evidenciar o quanto houve aumento da distribuição de renda e da escolaridade dos jovens de classes de baixa renda. Os dados analisados provêm da PNAD-C do IBGE, examinados com o Software R. A escolaridade dos jovens e dos responsáveis foi agrupada em três categorias: 1) Sem Ensino Médio; 2) Ensino Médio; e 3) Ensino Superior, para quem possui Ensino Superior completo ou incompleto. Foi utilizada a técnica de Análise de Correspondências Simples visando verificar as associações entre escolaridade dos jovens e escolaridade dos responsáveis, e entre escolaridade dos jovens e classes sociais. Observou-se que houve um aumento na escolaridade dos jovens e dos responsáveis de 2012 para 2020, bem como um aumento da classe de extrema pobreza. A análise de correspondência entre escolaridade dos jovens e escolaridade dos responsáveis mostrou que, em 2012, havia correspondência entre os mesmos níveis de escolaridade, e em 2020 os jovens apresentaram um aumento na escolaridade em relação aos responsáveis. Já a análise de correspondência entre escolaridade dos jovens e classes sociais revelou que, entre 2012 e 2020, a classe de vulneráveis ficou mais próxima do ensino médio, enquanto as classes médias ficaram mais próximas do ensino superior. Concluiu-se que, mesmo observando o aumento da escolaridade dos jovens em relação aos responsáveis, não se verifica ainda um aumento correspondente na distribuição de renda na sociedade brasileira.

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Publicado

2022-06-23